quinta-feira, 12 de abril de 2012

A Todos Os Cabeleireiros Do Mundo:

Nem toda a gente aprecia conversinha de circunstância. Parem de forçar, eu só quero que me tratem do cabelo e, não é por acaso, que pego sempre numa revista cor-de-rosa para me ocupar. Não me apetece falar no rapaz cego do olho esquerdo que devia ter passado no casting do Ídolos e, tão injustamente, foi recusado. Nem quero falar sobre a minha Páscoa, longe vão os tempos em que tinha de fazer uma composição a relatar o meu domingo de Páscoa, no primeiro dia de aulas após as férias. "Comeu muitas amêndoas?" Homessa, o que é que tem a ver com isso? Eu como o que quiser e não devo nenhuma satisfação a ninguém, muito menos a uma desconhecida.

Eu pergunto-me se os cabeleireiros se sentem alguma espécie de psicólogos ou de padres no momento da confissão a quem toda a gente deve abrir a alma. 

Tanta conversa e nem me penteou a franja em condições, só quando cheguei a casa é que percebi que a assimetria se notava mais do que o normal (a senhora que ma cortou deve ter achado que eu devia esconder um bocado mais o olho direito). Tive de estar a apará-la com uma tesoura de papel, começo a achar que podia perfeitamente começar a arriscar e cortar o meu próprio cabelo. Pourquoi pas?



2 comentários:

  1. Eu gosto bastante da minha cabeleireira. Fala, mas na medida certa, sem ser chata e sobre assuntos até interessantes. Agora detesto é quando alguém no salão decide mandar uma piadinha qualquer e olhar para mim pelo espelho à espera que eu me ria também. E claro, para não correr o risco de sair de lá sem metade do cabelo ou de parecer uma mal encarada, obrigo-me a mim própria a esboçar o sorriso mais forçado que conseguir.

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  2. Nem mais, uma pessoa não pode arriscar-se a criar inimizade com a pessoa que nos vai cortar o cabelo. :D

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