terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Jamie Cullum - Twentysomething


Ah, e tal, porque é jovem... Qualquer semelhança com a minha realidade é pura sinceridade.

Attention Whores

Aqueles a quem, por engano, ao seleccionar o destinatário, enviamos um sms destinado a outra pessoa e que, em vez de perceberem, automaticamente, que não era para eles e ignorarem, estupidamente respondem:

- Ahh?

ou

- Quê??

ou

- Não percebi nada. 

ou equivalente.

Mesmo quando é alguém com quem nunca falamos, e cujo número de telemóvel está na lista de contactos há anos porque, simplesmente, nunca nos lembramos de apagar. Mesmo quando o conteúdo da mensagem é algo ultra-específico, obviamente não direccionado ao destinatário erróneo. Apesar das evidências, não resistem a brindar-nos com um Quê? só para nos darem ao trabalho de redigir uma explicação Desculpa, enganei-me ao seleccionar o contacto. Não era para ti, CLARAMENTE! -.-' -.-' -.-' (maísculas e caras de enfado subentendidas, claro, há que manter a cordialidade).
Torna-se, especialmente, irritante quando sucede diversas vezes com o mesmo indivíduo. A mente humana, ironicamente, tende a repetir os mesmos erros. Distrações habituais desembocam em repetidos enganos e, consequentemente, repetidas erratas absolutamente desnecessárias mas peremptoriamente exigidas 

A Náusea

"A minha tia Bigeois dizia-me, quando eu era pequeno: «Se olhares muito tempo para o espelho, acabas por ver um macaco.» Olhei muito, muito tempo, com certeza: o que lá vejo está muito abaixo do macaco, na fronteira do mundo vegetal, ao nível dos pólipos." 
Jean-Paul Sartre, in A Náusea

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

A Esmola Injusta

A esmola mais genuína que alguém pode dar, a mais difícil mas também a mais livre (e talvez por isso mais valorosa?), é aquela que é dada ao jovem ou adulto, que tem capacidade mais que suficiente para trabalhar, que é pedinte não porque a vida não lhe tenha dado oportunidades de não o ser, mas porque nunca as aproveitou. Essa é a esmola espontânea, independente, justa.

A esmola que damos mais facilmente é uma esmola condicionada. É a esmola que damos a um idoso ou uma criança, incapaz de trabalhar, inválido, frágil, doente ou deficiente. É um sentimento quase de culpa que descomprime os fechos das carteiras e facilita a retirada da pequena contribuição. É uma culpa pela nossa vantagem injusta, pela nossa sorte imerecida. É a dúvida subconsciente se a sorte e as oportunidades não serão de algum modo finitas, e distribuídas homogeneamente pelas pessoas, até esgotarem. E nessa ligeira angustia que vem perturbar a nosso importante dia, lá paramos e damos uma moeda. Cedemos um bilionésimo da nossa vantagem em prol do desventurado que nos apareceu para perturbar a nossa paz interior, paz essa alicerçada no esquecimento treinado. Atiramos um grão de areia para o outro prato da balança e seguimos caminho com a pose e a sensação de ter corrigido um desequilíbrio de toneladas. E a nossa paz não só é restaurada como é até orgulhosamente reforçada.  Essa esmola é injusta. É injusta porque parca, porque insuficiente, desproporcionalmente pequena para o bem que nos faz sentir. É injusta porque apesar de escassa ainda consegue não ser genuína. Porque é dada talvez mais a pensar no nosso bem estar interior que na ajuda a quem a recebe.

Obama


Acredito que não seja preciso dizer qual deles é.



The Lady of the Sunshine — Anna


sábado, 14 de dezembro de 2013

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Frozen Heart

O bom de não ter sentimentos é não se poder ficar triste por causa disso.

A Sabedoria Popular

À deriva na internet, sem bússola nem astrolábio, atraquei aleatoriamente numa publicação com expressões populares portuguesas. Logo nas primeiras três que li encontrei um elo comum, um sentido ignóbil, mais ou menos explícito, em todas elas. Eis que elas foram:

"Ao Diabo e à mulher nunca falta que fazer." Alusão óbvia ao trabalho com as panelas a que ambos estão destinados — um a cozer batatas o outro a cozer pessoas.

"Ao menino e ao borracho mete Deus a mão por baixo." E isto lembrou-me que ao borracho tudo bem, mas ao menino é pedofilia.

"Ele a dar-lhe e a burra a fugir." Opá este nem merece comentários.

E depois disso ainda não li mais nada, (nem sei se vou ler, vou antes ver se as marés me levam a outro porto) porque vim "de caminho" (adoro esta expressão) escrever isto.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Ser Diferente - tirar nódoas de iogurte com sumo de cereja

A fuga em massa das escolhas das grandes massas gera uma idolatria generalizada por coisas de pouco valor, que consegue ser ainda mais estúpida do que a idolatria generalizada por coisas de valor razoável da qual se tentaram desassociar. 

Ser diferente é bom? É, ou melhor, pode ser. Não é bom isoladamente, é bom se associado a algo bom. É um potenciador de mérito, sem ter mérito por si. 
A mim não me interessa saber se é diferente ou se é novo sem saber se presta primeiro. Ser diferente é muito fácil. O desafio é ser pelo menos tão bom como o que já existe, de uma forma alternativa. Isso sim é valoroso!
É ridícula a febre pelo que chega novo e diferente, e ela é epidémica. Atinge desde as artes, à tecnologia, à culinária e até os medicamentos, veja-se bem!
Haja bom senso...

Silva - A visita


Uma sonoridade leve, alegre, quase a pedir para dançar, e certamente a deixar menos carregado o humor de quem acaba de ouvir.
A um trabalho tão agradável e original acresce o valor de todo este efeito ser causado por apenas dois músicos, e ao vivo!
E não podia acabar sem deixar o trocadilho previsível: aconselho a visita não só a este e outros trabalhos do artista. Vale a pena.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

That Awkward Moment When...

... o professor de Toxicologia nos avisa que o pó que estamos a analisar é açúcar amarelo (embora contaminado com heroína), para o caso de alguém ter ideias.


Que ofensa! 

Chama-se açúcar "louro", mister!

sábado, 16 de novembro de 2013

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O Vestido Catedral




De Iris van Herpen

"A ignorância é audaz; a sabedoria, reservada."

Hoje fiz uma endoscopia.

...

Há alturas na vida em que é preferível ser ignorante até ao último minuto e perceber no que nos metemos quando já é tarde demais.

image

Ainda me estou a recompor. 


Ahh! A citação do título é de Tucídides. Pois, eu também não sei quem é. Mas a Grécia Antiga estava, claramente, povoada por bacanos bem sábios.

domingo, 10 de novembro de 2013

A única certeza

A minha única certeza é que não se podem ter certezas.
A mais premente das minhas dúvidas é se isso é verdade ou não.

sábado, 9 de novembro de 2013

Eva Cassidy - Kathy's Song



Para ouvir num daqueles dias em que até nos sentimos alegres por estar a chover.

Como afiar uma espada com o cérebro - Psicologia Inversa

Estamos no Coliseu de Roma, momentos antes de entrarem para a arena dois gladiadores. O espectáculo só acabaria com a satisfação dos milhares de espectadores perante a morte de um deles. Os lutadores cruzam-se no caminho para as ante-câmaras.
Perante os sinais mal disfarçados de nervosismo de um deles o outro diz-lhe com aquele tom de amigo que faz uma crítica construtiva:
Nescio quid illuc est quod ille nihil. Homo timidus de maxime probabiliter adepto hic mortuus...
(que é como quem diz em latim: Não sei para que serve estares assim, provavelmente aquele de nós os dois que estiver mais nervoso sairá daqui morto...)

Naquele momento a espada do que falou ficou mais aguçada, e o escudo do que ouviu ficou mais pequeno.

Depois acabei por não ver o combate porque tinha marcada uma dança de exaltação ao deus Esculápio para pouco depois. E é que aquilo estava a demorar para começar, parece que um dos gladiadores estava renitente em entrar para a arena... Tive de ir, na Roma antiga levavam-se muito a sério as cerimónias religiosas. Em todo o caso também só tinha pagado meio denário para entrar.

PS: Para uma experiência mais realista podem ouvir no tradutor. Mas têm que imaginar que é uma gladiadora.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Limpador De Janelas Profissional


Hoje de manhã, durante os cinco minutos que esperei pelo 402 para ir para a faculdade, à falta de melhor distracção (raios partam o corrector linguístico a querer impor-me o acordo ortográfico, continuarei a pôr todos os cês), deleitei-me a observar o senhor que limpava a grande janela do Santander (passo a publicidade), em frente à paragem do autocarro. É admirável a destreza e graciosidade com que limpava a superfície vítrea. Com uma só passagem, não dando lugar a quaisquer vestígios de sujidade. Que pinta! Limpar vidros/espelhos é como ciência aeroespacial para mim. Por muito que tente, fica sempre uma cauda de detergente ou de fibras do pano de limpeza para trás. Como gostaria de possuir uma daquelas delgadas escovinhas e experimentar executar aquelas manobras em zigue-zague com as quais, em três tempos, se limpa um vidro coberto de pó, dedadas e sabe-se lá o que mais. 
Indubitavelmente que há profissões que têm um certo encanto, esta é uma delas. Especialmente aqueles profissionais que, ao jeito de um alpinista, trepam para limparem janelas a largos metros do chão. Como que um misto de fada-do-lar e Homem-Aranha. 

sábado, 2 de novembro de 2013

Uma Casa Intemporal

O apartamento londrino do decorador Alidad.









Kings Of Convenience feat. Feist - Know How


Surely, I'm no pioneer 
Constellations stay the same

A Arte De Não Entrar Em Parafuso

A cada semestre há aquela altura bem definida em que nos sentimos a chegar a um limite a partir do qual a "sorna" tem de acabar. A partir de hoje, navegarei neste mar neste lodo de aulas para ler, exercícios para resolver, relatórios para redigir e apresentações da treta (diluições e concentrações no 5º ano de Ciências Farmacêuticas? Paleeeease! É como quererem ensinar o alfabeto a um escritor) para aprimorar no Power Point, meu velho amigo de infância. Já é o meu nono semestre nestas andanças, desta vez vai ser com calma. Mergulhemos, Maria Inês, mergulhemos a fundo!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Prestes A Patentear

Sabem o que eu vou inventar?

Um cabide para phones. É isso que eu vou inventar.
Ninguém arruma uma camisa numa gaveta pois não? E porquê? Porque uma camisa guardada numa gaveta fica toda amarrotada, cheia de vincos, imprópria para o seu usufruto máximo. E não apetece a ninguém voltar a engomar uma camisa antes de a vestir. Por isso se usam cabides.
Com os phones a situação é a mesma. Por mais que eu invente, que estude mil formas diferentes de os guardar em mil sítios distintos, sempre que volto a pegar neles estão todos emaranhados, impróprios para o seu usufruto máximo. Sempre! E não apetece a  ninguém ter de resolver aquele quebra-cabeças sempre que vai ouvir música. Tudo seria evitado se houvesse um sítio apropriado para eles ficarem quietinhos. E esse sítio é o cabide dos phones. Em cada parede que esteja à frente de uma mesa onde caiba um computador vai existir um pequeno gancho apropriado para pendurar os phones. Sabem o que isto é? Isto é o futuro meus amigos!

Claro que há um outro futuro em que os phones não têm fios... Mas é um futuro mais caro!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Christopher Plummer - Edelweiss


Do magnífico, Música No Coração, cantada pelo severo capitão Von Trapp, Edelweiss, uma espécie de hino da Áustria. 




Edelweiss, Edelweiss
Every morning you greet me
Small and white, clean and bright
You look happy to meet me


sábado, 26 de outubro de 2013

Manu Chao - Bongo Bong

E Fumou Um Cigarro Presumido



O fumador é, invariavelmente, uma pessoa circunspecta, grave. Ninguém se atreveria, jamais, a importuna-lo. Aquele que fuma não está, tão somente, a segurar um cigarro entre os dedos e a inalar vapores através do vácuo causado pela sua boca. Oh não! Desengane-se o incauto transeunte que, desatento, possa passar pela esplanada e tal pensar. Aquele que fuma, reflecte. Reflecte pausada e profundamente. Tão pausadamente quanto os movimentos que, estudadamente, desenha no ar com o cigarro nos dedos. Tão profundamente quanto o fumo que desce a traqueia. Oh sim! Ele tem uma vida deveras complicada. Veja-se na expressão de sofrimento e seriedade que se estampa no seu rosto mal coloca o cigarro entre os lábios e se precipita para o bolso dos jeans em busca do isqueiro. 
Todos os seus problemas ascendem à mente aquando da primeira baforada. Como num passe de mágica, a pessoa que há segundos sorria bem disposta, transforma-se num importante pensador. Num filósofo. É possível que esteja a tentar lembrar-se de quem marcou o golo do Benfica no jogo de ontem à noite ou a tentar adivinhar quem sairá da Casa dos Segredos no serão de depois de amanhã. Tão superficialmente como o benzeno que aflige os olhos passivos à sua volta. Todavia, aos olhos de quem o observa, a pessoa que fuma, esforça-se por decifrar o mistério da vida ou raciocina acerca da melhor solução para acabar com os conflitos da Síria. Tão profundamente como a amónia que lhe atravessa os alvéolos. Tanto faz! Na pausa para o cigarrinho todos são reis e, como tal, devem ser respeitados. 
A afectação da maior das cabeças de vento quando se mune de algo fumável, seja um charuto, seja um fósforo, é um fenómeno curiosíssimo. O ar extremamente pensativo, os olhos semi-cerrados, a urgência em encontrar sítio onde depositar as cinzas, a sofreguidão ao inspirar, o modo aparatoso de expirar... em tudo se assemelha a uma cerimónia de tal forma solene, de tal forma nobre que, por momentos, esquecemos que aquele ser está a fazer algo de banal, copiado por vários outros milhões de pessoas. Não está a inventar a cura para a Sida, nem se prepara para receber o Prémio Nobel da Física.

Ah pois! Esta só a fumar... Pode relaxá-lo, dar-lhe prazer, mas nem por isso o torna mais inteligente. 



Would You?

Wolowitz: Sheldon, if you were a robot, and I knew and you didn't, would you want me to tell you? 

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

(Não) Controlar o Controlador

Saber que não se tem água disponível é o mais potente indutor de sede.
Já aconteceu a todos.
Controlamos muito pouco o nosso cérebro. Já ele controla-nos bastante. É uma relação desequilibrada.
O cérebro não gosta de restrições à sua liberdade. Qualquer evento que lhe diminua as opções disponíveis é um potencial conflito e levar-nos-á a procurar fazer precisamente o que acaba de nos ser restringido. E isso muitas vezes não é uma vantagem.

Roger Daltrey - Giving It All Away

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A Comparação É Uma Bitch

Os centros cerebrais do prazer, depois de hiper-estimulados repetidamente pelo uso crónico de drogas, tornam-se resistentes a outros estímulos na medida em que o organismo tenta moderar os efeitos de uma estimulação extrema. Então, os prazeres mais comuns da vida, como o prazer ligado à comida, sexo, realizações pessoais, tornam-se insignificantes quando comparados com a intensa euforia produzida pela
droga. 


A comparação é lixada e, neste caso, a dopamina também.


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Ilustração - Ana Aragão

Algumas cidades portuguesas na óptica de Ana Aragão. 
Vila Nova de Cerveira

Viana do Castelo

Guimarães

Braga

Porto

Espinho

Lisboa

Joni Mitchell - Big Yellow Taxi


They took all the trees
And put them in a tree museum
Then they charged the people
A dollar and a half just to see 'em
Don't it always seem to go,
That you don't know what you've got
'Til it's gone
They paved paradise
And put up a parking lot

Redundâncias

Aquela expressão estou com a cabeça feita em água, não faz grande sentido. Já que 74,8% do cérebro humano é composto por água. A cabeça está, bem vistas as coisas, sempre feita em água. 


E nem vou falar dos bebés que nascem com hidrocefalia porque, enfim... palavras para quê?

Com a música certa nos ouvidos

Com a musica certa a a ecoar-te na alma tudo é possível. Tudo te é possível.
Pelo menos assim parece...

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Desconfias Que Entraste Num Mundo Paralelo Quando...


... estás numa confeitaria com a tua mãe, pedes um pão com fiambre e ela insiste desmedidamente que comas antes um bolo.

sábado, 12 de outubro de 2013

Bruce Springsteen - The River



Se estás por estar... NÃO ESTEJAS!

O "porque sim" não vale a pena.
A estar só por estar, mais vale não estar, porque podias estar a fazer outras coisas que não farias só por fazer.
O "porque sim" não vale mesmo a pena. Nas guidelines da vida vai passar a constar que toda e qualquer acção feita com essa motivação deve ser abandonada, imediatamente.
É um desperdício gastar o finito tempo das nossas existências a fazer coisas que já não nos comovam, coisas cujo motivo para ainda as fazermos seja apenas o hábito, ou a inércia para mudar.
É que esse tempo pode ser aplicado em coisas que te façam vibrar, coisas que se expandam no teu peito e te obriguem a respirar fundo para que lá possam caber, sabes do que falo, coisas que te humedecem os olhos e te fazem ter a certeza que ainda estás vivo - porque um dia não vais estar!

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Black Sabbath - War Pigs



Nuit Blanche Toronto

Forever Bicycles, do artista chinês Ai Weiwei, é uma das instalações mais emblemáticas da Noite Branca de Toronto de 2013. Representa a rapidez das transformações sociais na China e no mundo.






quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Se o meu trabalho fosse ficar deitado o dia todo

Se o meu trabalho fosse ficar deitado o dia todo levantava-me só por preguiça.
Foquei-me muito nesta ideia hoje de manhã. Não funcionou. Não consegui converter a preguiça em vontade de sair da cama.
Mas, ainda que a experiência tenha falhado, a premissa que a motivou é válida: nos meandros obscuros da nossa vontade reside uma força poderosa que nos impele a fazer tudo aquilo que é contrário ao nosso dever.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Madredeus - Haja O Que Houver

Bons Exemplos

"O antigo ministro da Defesa grego (...) Akis Tsohatzopoulos, foi condenado esta segunda-feira em Atenas a 20 anos de prisão efetiva por branqueamento de dinheiro no âmbito de contratos de armamento, num processo que se prolongou durante meses.(...) A procuradora Georgia Adilini acusou-o de branqueamento de seis milhões de euros, utilizados em subornos durante a compra de veículos blindados, quatro submarinos e mísseis antiaéreos russos, quando ocupava a pasta da Defesa.(...) No entanto, e devido à sua idade, apenas deverá cumprir um quinto da sua pena e sair em liberdade dentro de dois anos." 

in Jornal de Notícias 



Quando é que nós, portugueses, começamos também a responsabilizar os nossos governantes pela corrupção que exercem e que tão nefastas consequências tem sobre as nossas vidas? É capaz de ser boa ideia, para variar, importarmos bons costumes em vez de mau cinema e música rasca. 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

As Orcas são os Pandas do Mar - só que não são Vegan

E acho mal que todos adorem uns e ninguém goste dos outros só pelas suas opções de dieta. Fim à discriminação!



quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Aimee Mann - Pavlov's Bell

Trabalho Árduo

Aparentemente, uma grande parte das pessoas acima dos 50 anos pensa que sempre que alguém está em frente a um computador está a estudar/trabalhar arduamente. Ainda que no ecrã estejam a passar imagens de um filme...
E é uma chatice! Essa suposição faz-me sempre sentir culpada porque, de facto, na maioria das vezes que estou em frente ao computador, não estou a fazer nada importante.


sábado, 21 de setembro de 2013

Chomp, chomp, chomp

Há muita gente que me incomoda no autocarro. Não sei bem hierarquizar por grau de intensidade, cada um tem as suas particularidades. Mas quase não há viagem em que não encontre alguém que me apeteça expulsar do autocarro, ou do planeta. Muitos são os casos que povoam as "caminetes" da STCP. Gente a conversar aos gritos (ou alguém a falar ao telemóvel) é muito comum, por vezes até a discutir e podem ser de qualquer faixa etária ou género. Frequentemente, tenho o profundo infortúnio de ter um senhor (nunca vi mulheres assim, até agora), que tresanda a vinho, a sentar-se precisamente a meu lado. Não entendo como se chega àquele ponto de mau cheiro, às vezes logo pela manhã. Devem ser muitos dias a beber vinhaça sem lavar os dentes, tomar banho ou mudar de roupa. A pestilência é um mal geral ao ponto de não ser possível distinguir de que parte do corpo vem, é como uma nuvem que envolve o indivíduo. Outros odores desagradáveis povoam os autocarros, sendo os mais notórios o mau hálito marcado e o simples cheiro a pessoa que não se lava há uma semana. É incrível a força que a sujidade tem. Seria a perfeita arma de guerra, porque o cheiro a sujidade concentrado é insuportável e uma bomba dessas levaria os soldados inimigos à loucura, sem o inconveniente da destruição massiva e da radiação.



Hoje de manhã, quem me perturbou foi uma rapariga. Diametralmente oposta a mim a rapariga mascava uma pastilha elástica - uma pedra no sapato da etiqueta. Claro que não se limitou a mascá-la discretamente para não importunar quem viajava à sua volta. Nunca sequer lhe passou pela cabeça o quão aquele ruído repugnante que produz ao apertar e soltar os dentes da pastilha soa mal e irrita. Nunca ninguém a aconselhou a não o fazer. Ela descende de uma longa linhagem de pessoas que mascaram pastilha elástica orgulhosamente com a boca aberta. E continuará a fazê-lo porque para todas as pessoas próximas dela é algo normal e perfeitamente aceitável. Os seus filhos fá-lo-ão de igual forma porque o mais provável é que se case com alguém igualmente ignorante do bom-senso em sociedade. Perdoem-me a rispidez, mas ouvir e ver alguém a fazer bolas de chiclete, repetidamente, a meio metro da minha cara, despoleta este ser inflamado e intolerante em mim. Ainda agora ouço aquelas bolas a rebentarem à frente daquele olhar vazio de quem nunca pensa em grande coisa para além do como usar a maior quantidade de ganga possível num dia só. Eu tenho-me controlado. Bastante. Mas se um dia destes houver uma grande zaragata num dos autocarros da STCP, provavelmente serei eu a perder as estribeiras a exigir a alguém que escove os dentes ou que ponha  o raio da Happydent no lixo (ou na boca do senhor com péssimo hálito, eram dois coelhos...).