sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Max Weber - o pai da sociologia

"O estado é uma entidade que reivindica (com sucesso) o monopólio do uso legítimo da força física"
Dá que pensar não é? 

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Natal.

Estamos no Natal. Celebra-se o dia que, todos sabemos, não foi o dia em que Jesus terá nascido. Mas já aí vamos.
Vamos primeiro à forma como eu gosto de ver as pessoas. Todos nós, como seres biológicos que somos, devíamos ter um sentido/instinto de espécie. E como seres conscientes que somos devíamos tê-lo racionalmente presente na forma como agimos. Mas mais do que apenas uma espécie, eu gosto de nos ver ainda de uma forma um pouco mais conexa, porque somos indivíduos que podem ter consciência desse sentido (de espécie), e isso é-nos único. Cada um de nós pode (e deve) ter a consciência não só do seu papel individual, mais ainda, não só do seu contributo nos grupos de indivíduos como famílias ou comunidades, mas da sua imperativa participação, por direito e por dever, para o grupo mais abrangente, a espécie. Pois é, para além das razões morais, religiosas, românticas, etc, esta é a perspectiva biológica que sustenta a acção não egoísta, a acção solidária.
Agora do interesse geral julgo que seja a sobrevivência da espécie, como o é em todas. Creio que ainda não estejamos em iminente risco, apesar de algumas acções desastrosas sobre as quais não vamos discorrer hoje. Mas porque somos ambiciosos e tivemos a sorte de vir tão bem equipados com poder intelectual, julgo que devemos almejar algo mais do que a mera sobrevivência da espécie — a sobrevivência com qualidade. E julgo que facilmente concordaremos que sobrevivência com qualidade será mais facilmente traduzida como felicidade. Retenha-se então esta ideia.
Voltando ao Natal, que recordamos ficou associado ao nascimento de Jesus. Jesus é o fundador de uma religião. Ora Jesus não foi certamente o único a fazer isto, mas fê-lo de uma forma que se tornou uma das mais populares, sobretudo no ocidente. E o que é isto, uma religião? É um sistema de pensamento, uma doutrina, argumentos intelectuais/espirituais, destinados a estimular este imperativo de grupo, de pertencermos todos a algo comum e maior. Um objectivo partilhado e maior que o indivíduo em si. Uns dirão que isso é o paraíso ou o reino dos céus, outros que essa identidade comum é o próprio Deus, outros dirão que a humanidade é como um super-organismo imensamente complexo mas uno, (os americanos dirão que isso é a constituição dos EUA)...

Sem se preocupar muito com o o nome a dar a isso, ou com a teoria que o conduz lá, a conclusão aqui será sempre similar — este natal, faça a sua espécie mais feliz!
(mensagem também válida para animais de outras espécies que me estejam a ler)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Facebook e a Festa do Semáforo

Há muita gente que usa o facebook, de forma mais ou menos consciente, para fins, no fundo, de acasalamento. Vamos usar este termo só para tentar que a ideia choque um pouco, porque já todos sabíamos isso perfeitamente. Muita gente mesmo, é óbvio! Claro que as pessoas não admitirão isso para si — nem é preciso!
O facebook é como a festa do semáforo. As pessoas conhecem alguém que suscita interesse, e tanto num caso como noutro é quase sempre pela aparência (o ser humano é um animal muito visual). A seguir olham para a cor do cartão ou da roupa que trazem vestida para ver a disponibilidade. Se está verde — avançar! ; se está amarelo — avançar com precaução ; se está vermelho — avançar só se não houver polícia por perto. As pessoas fazem o mesmo com o facebook. Vão lá fazer a sua investigação, avaliar, e poupar perguntas (difíceis...) que podem esclarecer ao ver a conta do alvo. É simples ver se está verde ou vermelho, ou então que tipo de amarelo é. Há muitos tons de amarelo, vão a um catálogo de tintas que vocês vêem. E há muitos indícios para identificar o tom de amarelo, mas nem vou agora pincelar sobre isso.
Mas há quem use o facebook de uma forma que nem uma festa do semáforo iguala! Há quem vá percorrendo o facebook à procura de verdes e amarelos favoráveis em busca de estabelecer posteriormente o contacto. Uma triagem portanto. Inversão curiosa da ordem dos acontecimentos, que já eram em si peculiares. Inversão esta que em analogia corresponderia a chegar à entrada da festa, receber uma lista das pessoas presentes, separadas por cores e por tons, e escolher em que grupo se imiscuir!

Mas, e o que é que eu acho disto?
Não estou aqui para dar opiniões que isso hoje em dia é perigoso ter! Gosto de me imaginar neste texto como um jornalista, dos que escasseiam hoje em dia, a fazer um relato imparcial dos factos ( jornalista esse que teria escorregado somente em duas singelas ocasiões durante o texto, com os adjectivos QUALIFICATIVOS "curiosa" e "peculiares" — nada de muito grave portanto!)