segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

By the Rivers of Babylon We Sat Down and Wept


We sat down and wept by the waters 

Of Babel, and thought of the day 
When our foe, in the hue of his slaughters, 
Made Salem's high places his prey; 
And ye, oh her desolate daughters! 
Were scattered all weeping away.

While sadly we gazed on the river 
Which rolled on in freedom below, 
They demanded the song; but, oh never 
That triumph the stranger shall know! 
May this right hand be withered for ever, 
Ere it string our high harp for the foe!

On the willow that harp is suspended, 
Oh Salem! its sound should be free; 
And the hour when thy glories were 
ended 
But left me that token of thee: 
And ne'er shall its soft tones be blended 
With the voice of the spoiler by me!


Lord Byron, 1815

Works of Lord Byron Poetry Volume 3 frontispiece.jpg

Tendência para o dramatismo



O ser humano é inatamente um amante da desgraça, um apaixonado pela tragédia, verte lágrimas ao ver verter sangue e exibe as suas feridas em palanques na esperança de conseguir comover lágrimas alheias à sua causa. As pessoas têm um fraquinho secreto pela desgraça alheia e uma adoração não menor pela desgraça própria.
Pode parecer estranho, e aliás é estranho, mas as pessoas têm um certo prazer na infelicidade, especialmente na infelicidade espalhafatosa. Têm que ter, só isso explica a procura inconsciente por esses estados. Só um mecanismo de compensação como o prazer pode explicar que as pessoas ampliem muito mais que o necessário situações desvantajosas. As pessoas debruçam-se de tal modo sobre problemas pequenos que eles crescem adubados em tanta atenção. Só algum tipo de prazer justifica que as pessoas se sujeitem a situações de sofrimento tantas vezes sem razão para isso.
As pessoas sentem vertigens não porque tenham medo de cair, não só porque tenham medo de cair. Se fosse apenas o medo de cair, um corrimão que servisse de apoio resolveria a vertigem. Mas não. Ainda assim olhando para baixo o mundo balança. E o que o faz balançar não é senão uma batalha subconsciente entre o medo, que nos repele da zona de perigo, e a vontade sôfrega de nos lançarmos, que nos empurra para o abismo. E vacilamos no equilíbrio enquanto medem forças, e por fim, normalmente, o desejo dramático de nos desintegrarmos é superado pelo medo, que é um instinto muito mais primário.
Mas é assim que o ser humano é. Creio que se reflectirmos bem, todos concordaremos que este fascínio pelo drama é algo intrínseco e praticamente universal. Felizmente há quem saiba controlar esta faceta, e eu acho que evoluídos como estamos nos dias que correm, devíamos, à semelhança do que fazemos constantemente com as nossas características físicas, começar a escolher, a moldar e a mudar se necessário, as características da nossa personalidade.

Mensagem fulcral

Caros leitores,
             apreciais ser tratados deste modo tão formal, porém revelador de afecto?

Não quero saber... arrependi-me depois de escrever "caros leitores", mas para este post ficar maior decidi deixar ali. E depois decidi perguntar se é confortável ser um leitor a quem eu me dirijo tão afavelmente. É que sempre que alguém lê "caro leitor" tem que sentir o vocativo tocar-lhe, tem que virar a cabeça metaforicamente como a vira quando ouve o seu nome. Portanto se alguém estiver precisado do meu afecto é só vir aqui ler isto: Querido, caro, caríssimo leitor, este post era só para dizer que depois de uma pausa não programada motivada por estudo extenuante voltei ao activo, voltarei a brindar-vos com os meus fabulosos textos.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ausência

Não estive por casa nos últimos dias, se alguém sentiu saudades peço desculpa, tentarei compensar. Os comentários feitos entretanto já foram publicados e respondidos.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Paradoxalmente Falando

Hoje ouvi um rapaz dizer que homem que é homem depila-se com cera! Não é com veets e cenas...

A pergunta paira na minha cabeça: homem que é homem depila-se?


Vá lá!


domingo, 3 de fevereiro de 2013

Triste É

Usar a At Last como marcha nupcial. É equivalente a confessar a todos que durante muito, muuuuuito tempo, se andou desesperado à procura de alguém com quem casar. E quando, finalmente, encontram a tal pessoa, as palavras que escolhem ouvir enquanto se dirigem até ao altar é At laaaaaaaaaaaaaaast my love has come along/My lonely days are over/And life is like a song.


Hino oficial dos encalhados, seja a versão original, seja a da Beyoncé, Kelly Clarkson, whatever, é sempre uma péssima ideia, não o façam. Escolham qualquer coisa menos deprimente. Na dúvida, optem pelo clássico hit de Mendelssohn, não há como falhar.

Resolução De Problemas Para Totós

Eu sei, à partida, que esta tese parece estúpida, que não parece uma solução plausível e, muito menos, politicamente correcta. Mas vamos pensar fora da caixa, por breves instantes. 
Quando era pequena, via muitas novelas... 
Hmm, vamos lá reformular isto e ser um pouco mais honesta.
Quando era pequena, já via muitas novelas. E, frequentemente, surgiam personagens, femininas principalmente, que, a certa altura na vida, por este ou aquele precalço, acabavam por procurar uma resposta para os seus problemas na fé. Quando cometiam um erro do qual se arrependiam amargamente ou, simplesmente, quando o amor da vida delas as desiludia, pimba, refugiavam-se num convento. Tornarem-se freiras era o tónico para todos os males da vida. E as freirinhas, benévolas e caridosas, aceitavam-nas sempre. Por mais doidas que tivessem sido nos episódios anteriores, eram aceites. A madre superiora limitava-se a perguntar-lhes minha filha cê tá aqui pelos motivos certos? Se for para fugir de homem, não deve ficar não. E a recém-chegada assegurava que não, na lata, eu sabia que era mentira, mas a pobre madre não. 
Então eu cresci a pensar que, qualquer pessoa tem sempre este plano B - refugiar-se num convento ou num seminário. A ideia nunca me pareceu muito risonha, claro, passar os dias a rezar... Mas, pensemos na conjuntura actual: por um lado, a Igreja tem relativamente poucos padres e freiras, por outro lado o país atravessa uma grave crise e há imensa gente desempregada. Ora, a falta de emprego poderia compensar a falta de vocação e atingir-se-ia um certo equilíbrio. É sabido que as razões para tal não seriam as melhores, mas tal como nas novelas, a madre superiora nunca chegaria a saber que o ex-funcionário público queria tornar-se frade por falta de liquidez. 
Por muito imbecilmente pragmática que seja esta medida, no fundo, eu acredito nela. Acredito que pudesse funcionar. Como é que nunca ninguém pensou nisto? É obviamente brilhante, duh. Dois coelhos de uma cajadada. Se quando o Passos Coelho mandou a malta emigrar tivesse antes apresentado esta alternativa, de certeza que não lhe tinha caído tudo em cima como caiu. Há pessoal que não tem visão, criatividade...



sábado, 2 de fevereiro de 2013

A Lua cheira a...

Pois é, tudo tem um cheiro e a Lua não há-de ser excepção. Nunca pensaram nisto pois não? Mas é intuitivo, a Lua também tem direito a ter um cheiro. E a Lua cheira a (suspense suspense suspense)...



Cheira a pólvora! Portanto eu, e provavelmente quase toda a gente que vai ler isto fica na mesma, sem saber como é que a Lua cheira. Sabemos ao que cheira, mas não como cheira. Não sabemos se cheira bem, se cheira mal. Se há um sentido cujos estímulos são difíceis de se descrever por palavras esse sentido é, sem dúvida, o olfacto. Quantas palavras é que conhecem para descrever odores? Ou cheira bem ou cheira mal, depois complementa-se com a intensidade e é isso... no que toca a descrições só mesmo por comparação, mas quem é que sequer já viu pólvora?! Quanto mais cheirar...
Em todo o caso, como é que se sabe isto? Em boa verdade não posso dizer peremptoriamente que a Lua cheira a isso. Mas o pó que cobre a superfície lunar (moondust) ficava agarrado aos fatos dos astronautas que pisaram o nosso querido satélite (apenas 12 sortudos até ao dia de hoje) e esse sim, o moondust, cheira a pólvora ( descoberto, é claro, dentro da nave, que os fatos não têm buraquinhos para o nariz). Portanto, eu, especializado neste assunto, creio que pode dizer-se que o astro cheira ao mesmo, dado que não há lá grande atmosfera para haver outros odores que não os do chão....
Ainda mais engraçado, segundo John Young, um desses doze felizardos que fizeram do sonho irrealista de infância de todos nós a sua vida, o moondust nem sabe mal! Curiosidade acima de tudo meus caros! (Os médicos antigamente também diagnosticavam diabetes provando a urina dos pacientes, portanto nada de extraordinário provar o solo lunar).

P.S.: agradecimento ao Marcos Oliveira que foi a primeira pessoa (e única em boa verdade) a conversar comigo sobre o cheiro da Lua


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Jamie Cullum - These Are The Days



Lembram-se?


Eu acho que era a RTP2 que transmitia esta série. Provavelmente na altura nem tinha maturidade suficiente para perceber muitas das piadas mas adorava mesmo assim. Lembrei-me porque o "Steve" entra agora numa série americana que comecei a ver, fixe até, mas nada que se compare com Coupling. Bloody funny!
Talvez a adopte como série de fim de época de exames, quiçá me anime e me afaste do esgotamento que tem ameaçado tomar conta de mim. A última vez que saí de casa foi em novembro de 1976, e estava um dia assim, frio como hoje.