domingo, 3 de fevereiro de 2013

Resolução De Problemas Para Totós

Eu sei, à partida, que esta tese parece estúpida, que não parece uma solução plausível e, muito menos, politicamente correcta. Mas vamos pensar fora da caixa, por breves instantes. 
Quando era pequena, via muitas novelas... 
Hmm, vamos lá reformular isto e ser um pouco mais honesta.
Quando era pequena, já via muitas novelas. E, frequentemente, surgiam personagens, femininas principalmente, que, a certa altura na vida, por este ou aquele precalço, acabavam por procurar uma resposta para os seus problemas na fé. Quando cometiam um erro do qual se arrependiam amargamente ou, simplesmente, quando o amor da vida delas as desiludia, pimba, refugiavam-se num convento. Tornarem-se freiras era o tónico para todos os males da vida. E as freirinhas, benévolas e caridosas, aceitavam-nas sempre. Por mais doidas que tivessem sido nos episódios anteriores, eram aceites. A madre superiora limitava-se a perguntar-lhes minha filha cê tá aqui pelos motivos certos? Se for para fugir de homem, não deve ficar não. E a recém-chegada assegurava que não, na lata, eu sabia que era mentira, mas a pobre madre não. 
Então eu cresci a pensar que, qualquer pessoa tem sempre este plano B - refugiar-se num convento ou num seminário. A ideia nunca me pareceu muito risonha, claro, passar os dias a rezar... Mas, pensemos na conjuntura actual: por um lado, a Igreja tem relativamente poucos padres e freiras, por outro lado o país atravessa uma grave crise e há imensa gente desempregada. Ora, a falta de emprego poderia compensar a falta de vocação e atingir-se-ia um certo equilíbrio. É sabido que as razões para tal não seriam as melhores, mas tal como nas novelas, a madre superiora nunca chegaria a saber que o ex-funcionário público queria tornar-se frade por falta de liquidez. 
Por muito imbecilmente pragmática que seja esta medida, no fundo, eu acredito nela. Acredito que pudesse funcionar. Como é que nunca ninguém pensou nisto? É obviamente brilhante, duh. Dois coelhos de uma cajadada. Se quando o Passos Coelho mandou a malta emigrar tivesse antes apresentado esta alternativa, de certeza que não lhe tinha caído tudo em cima como caiu. Há pessoal que não tem visão, criatividade...



1 comentário:

  1. Realmente os padres devem ser a classe profissional com a menor taxa de desemprego! Aposto que não há um único inscrito num centro de emprego. Parece que teologia tem boa saída xD o problema é que só há na privada!
    Por acaso gostava de saber qual será o rácio futuros padres/restantes alunos lá em teologia na católica.

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