quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Facebook e a Festa do Semáforo

Há muita gente que usa o facebook, de forma mais ou menos consciente, para fins, no fundo, de acasalamento. Vamos usar este termo só para tentar que a ideia choque um pouco, porque já todos sabíamos isso perfeitamente. Muita gente mesmo, é óbvio! Claro que as pessoas não admitirão isso para si — nem é preciso!
O facebook é como a festa do semáforo. As pessoas conhecem alguém que suscita interesse, e tanto num caso como noutro é quase sempre pela aparência (o ser humano é um animal muito visual). A seguir olham para a cor do cartão ou da roupa que trazem vestida para ver a disponibilidade. Se está verde — avançar! ; se está amarelo — avançar com precaução ; se está vermelho — avançar só se não houver polícia por perto. As pessoas fazem o mesmo com o facebook. Vão lá fazer a sua investigação, avaliar, e poupar perguntas (difíceis...) que podem esclarecer ao ver a conta do alvo. É simples ver se está verde ou vermelho, ou então que tipo de amarelo é. Há muitos tons de amarelo, vão a um catálogo de tintas que vocês vêem. E há muitos indícios para identificar o tom de amarelo, mas nem vou agora pincelar sobre isso.
Mas há quem use o facebook de uma forma que nem uma festa do semáforo iguala! Há quem vá percorrendo o facebook à procura de verdes e amarelos favoráveis em busca de estabelecer posteriormente o contacto. Uma triagem portanto. Inversão curiosa da ordem dos acontecimentos, que já eram em si peculiares. Inversão esta que em analogia corresponderia a chegar à entrada da festa, receber uma lista das pessoas presentes, separadas por cores e por tons, e escolher em que grupo se imiscuir!

Mas, e o que é que eu acho disto?
Não estou aqui para dar opiniões que isso hoje em dia é perigoso ter! Gosto de me imaginar neste texto como um jornalista, dos que escasseiam hoje em dia, a fazer um relato imparcial dos factos ( jornalista esse que teria escorregado somente em duas singelas ocasiões durante o texto, com os adjectivos QUALIFICATIVOS "curiosa" e "peculiares" — nada de muito grave portanto!)

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