segunda-feira, 23 de abril de 2012

The Proper Etiquette Of A Woman Dating In The 1930's





Deparei-me com uma série de dicas como estas que pretendiam aconselhar a mulher, nos anos 30 a controlar-se comportar-se durante uma reunião romântica. Para além de conselhos que nada mais são do que senso comum como "don't sit in awkward positions", "don't drink too much", "don't keep him waiting." e "greet him with a smile", há aqueles que sugerem à mulher que vá sedada para o encontro.
Nada de grandes emoções, a ideia é estar lá sossegadinha e sorridente a ouvir o senhor falar, acenando, de quando em vez, com a cabeça em sinal de concordância e respeito. Afinal de contas, o homem merece e deseja toda a sua atenção.
Toda esta subserviência e idolatria tidas como ideais, naquele tempo, na época em que a minha avó namorava com o meu avô, explicam muito acerca da sua forma de pensar e agir, nomeadamente, acerca da sua intransigência em relação a mim e da sua condescendência em relação ao meu irmão. 
Imagino-me no lugar da rapariga das fotos, tendo de passar uma noite inteira com aquele homem picuinhas e mal-encarado. Admiro, grandemente, a sua paciência. Percorreu-se um longo caminho até aos dias de hoje, é bom ver que os cânones de educação se alteraram e uniformizaram, acabando-se(?) com a disparidade homem/mulher. Não é que não me tenha ensinado a manter uma boa postura: costas direitas, barriga para dentro e queixo levantado - a minha mãe fazia questão nisso. Todavia, nunca ninguém me disse que é de mau tom falar, dar opiniões e não parecer uma boneca automática, sorridente e embevecida perante o namorado/marido/dono. 
Pudesse eu renascer em qualquer era que não a actual, imediatamente a seguir a encarnar numa  espécie de Elizabeth Bennet, na Inglaterra oitocentista, eu seria uma mulher avant-garde em inícios/meados do século XX. Quando ser rebelde tinha, realmente, sentido e razão de ser, consistindo não em faltar a aulas mas em estudar (de preferência qualquer coisa que não corte e costura e culinária) e chegar mais longe do que os bons costumes ditavam. 


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