Hoje, numa aula laboratorial, procedemos a ensaios com ratinhos. Ao contrário do que imaginei, os ratinhos eram, verdadeiramente, fofos, nada daquelas ratazanas nojentas.
O objectivo da experiência consistia em avaliar os seus níveis de ansiedade, a memória e a destreza física, sendo que alguns dos ratinhos tinham bebido água e outros tinham bebido água com 7% de álcool.
Eu desconfio que o ratinho que calhou ao meu grupo não era um dos que tomou o placebo. Ele estava verdadeiramente desnorteado além de que foi o único, de 4 ratos a cair num ensaio que consistia no equilíbrio em cima de um cilindro giratório. Julgo ter sentido aquilo que uma mãe sente quando um filho a desilude, eu estava a torcer por ele.
É de frisar que nenhum dos testes realizados infligiu sofrimento aos animais. Pelo menos no que toca a dor física, agora, duvido que aqueles bichinhos fizessem questão de estar ali no laboratório a serem colocados em diferentes caixas esquisitas sem conseguirem compreender o porquê. De certeza que se lhes fosse dado a escolher iriam preferir estar, uns metros ao lado, a passearem-se nos jardins do Palácio de Cristal. Ou, mais coerentemente e pondo de parte as minhas preferência pessoais, livres num esgoto bem escuro e mal-cheiroso. Pobres seres.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Speak up your mind!