terça-feira, 15 de maio de 2012



Olá.
Primeiro post. Primeiro post é como primeira conversa. Primeira conversa é estranha. Pode ser ou não. Mas estranho não é mau. Primeiro post vai ser estranho, mais certo que a conversa.
Primeira conversa é desconfortável. Quer dizer, se for é porque houve nabice. Primeira conversa é desafiante. Isso é!
Uma boa bengala para a primeira conversa é uma palhinha. Uma palhinha inserida num copo. E o copo inserido na mão. E uma bebida, meia inserida no copo meia inserida no estômago. E é impressionante como quando as pessoas estão à rasca se agarram logo à bengala. E o engraçado é que esta bengala se agarra com a boca. Mal vão a tropeçar num silêncio e pronto, lá se amparam na bengala e nos segundinhos que ela dá para evitar a queda ( a quem dava jeito isto também era ao Sassetti ). É uma boa bengala. Mas bengalas não deixam de ser para os velhotes...
Primeira conversa é desafiante. Isso é! E pode ser desconfortável.
Primeira conversa é mais desafiante quanto mais bonito for o outro interlocutor. E quanto maior o grau de alcoolémia mais bonito pode parecer Esse. Esse agora és tu. Esse, o Interlocutor, Tu. Uma troika dentro de ti. Então: mais álcool > interlocutor mais bonito > situação mais desafiante. Por outro lado quanto mais álcool menos desconfortável se torna. Pois bem. Álcool: mais desafio, menos desconforto! (novo slogan para a cachaça 51). O álcool é um carro que anda mais e gasta menos. Devia ir beber então. Tu é que ganhavas com isso. Porque o álcool faz o outro interlocutor parecer mais bonito... Esse, o Interlocutor, Tu.
Agora, para postar é que não sei bem se beber ajuda. É que já tenho onde pôr as mãos, e é no teclado. Portanto não preciso do copo. E os meus silêncios aqui não se notam.                                                                                                                                
                                                                                           
                                                                hmm

                          pois não?       então também não preciso de palhinha. E pensando bem, assim a esta distância, não te deve embelezar muito... a ti. A ti. Tu. Tu que para já és só um projecto meu. Porque se eu quiser, Tu, Esse, o Interlocutor, não existe. E é menos desconfortável. Muito menos. O problema é que também não é desafiante. Então a tua inexistência deve ser um carro que não gasta quase nada! só que também não sai do sítio... E por essa ordem de ideias, e pela escassa lógica que a acompanha, a tua existência deve ser um carro que anda como um foguete, mas gasta gasolina como o Jorge Palma bebe wisky. E eu escolho o segundo. Mas o planeta não agradece e por isso é que Tu, Esse, o Leitor, podes existir, mas deves sentir-te mal por isso.
E para além disso, o Jorge Palma não deve usar palhinha de certeza!

P.S.: porque é o primeiro post, e deve ser suposto: eu sou o Zé, tenho 20 anos e sou natural de Oliveira de Azeméis. Não sou do Marco, não confundir! Estudo no Porto. Quem me conhecer, e por essa razão isso tiver vindo ler isto, já sabe muito mais do que o que eu diria aqui, e quem ler isto sem saber quem sou, também não ganha muito em saber mais que isto.

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