quinta-feira, 3 de maio de 2012

Macacos me mordam se entendo...

... a razão que leva um homem a urinar na via pública, à luz do dia, como se fosse aceitável.
Ia eu, muito descansada, rua fora - não estamos a falar de uma ruela, de um descampado ou de um monte à beira de estrada, mas de uma rua larga e movimentada no centro do Porto - quando, ao descer o olhar do infinito para a Terra, me deparo com uma fonte humana virada para a parede. A parede de uma casa. 
A revolução que se deu no meu estômago acabou por dar lugar a uma lancinante sensação de indignação perante aquela cena deplorável. Aquela besta  pessoa estava consciente de que, à sua volta, circulava gente todavia, levou a operação a cabo com tamanha serenidade que quem o tivesse visto àquela hora e naquele lugar, como eu o vi, pensaria, por instantes, que de algo normal se tratasse. 


Poucos metros atrás ou à frente existe um café que, certamente, tem um WC mas, nitidamente, essa divisória tem vindo a perder popularidade e a cair em desuso, quiçá pela sua banalidade. Com certeza que é mais alucinante forçar o voyeurismo a transeuntes incautos que se servem do passeio com o simples propósito de... Chegar a algum lado. Que gentinha enfadonha, esta!


Ah, não é só quando ocorre à luz do dia que me incomoda, é um péssimo hábito em ambos os casos, o primeiro só me escandaliza mais pela maior lata necessária.

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