quarta-feira, 23 de março de 2016

Se Vieres Às Quatro da Tarde


Há um lado da paliçada,
Onde a tontura é maior.
Crescendo na vertical,
Só ao nível vertebral,
Nunca chegas a senhor.

É com toda a força,
Na minha direção.
Fechou-se a porta,
A sala é nossa.
Temos autorização.

Mas em sentido contrário.
O lanche é pão ralado,
Flamejado,
Em guache azul primário,
A ponto de rebuçado.

As regras podem mudar,
Até meio da semana.
Menina,
Se souber jogar,
Nunca se engana.

Eles não têm pressa.
Mas não demore na teoria.
Pode ser a outra, ou essa.
Mandamos à sorte,
Na maioria.

Essa sua inflexão,
Não soa mais racional.
Vai-se inventando a história,
Se não resultar,
Depois,
Não faz mal.

Se tocar no fundo, é vitória.
Com as pontas também valeu.
A intensidade,
É sempre igual.
Quando perderes, vou eu.

Nada é como no início, no final.
Eu toco flauta universal.

A Lua é um fada,
Com os dentes tortos,
(Não é nada!
É uma pedra pesada.)
Que brilha pelos mortos.





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