quarta-feira, 3 de junho de 2015

Não sei desenhar barcos

— Não sei desenhar barcos!
— E que tem isso?
— Tem que acho que precisava de desenhar uns.
— Precisas desenhar barcos e nao sabes?
— Creio que seja mais o inverso. Não sei desenhar barcos, e agora que me apercebi disso sinto que precisava de saber.
— Que tipo de barcos?
— Naturalmente galeões, que são os que menos sei desenhar.
— Pois, foi essa necessidade que nos levou a conquistar os oceanos. A dominar os mares! E em boa verdade tudo o resto.
— A necessidade de desenhar barcos?
— Não, a necessidade de fazer o que não se consegue.


Belíssima música deste filho da mãe cujo título me inspirou para este texto sobre a verdadeira razão de quase todos os feitos épicos.

2 comentários:

  1. Pergunto-me como é que é possível tu conseguires colocar-nos a pensar nas pequenas e nas grandes coisas que temos a sorte de poder usufruir a partir de tão poucas e com tão poucas palavras?!
    Parabéns!! Obrigada por seres um pequeno grande pensador do século XXI que apenas precisava de um empurrão certeiro para que as suas simples palavras pudessem inspirar muitas e muitas pessoas

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    1. Já eu pergunto-me é quem me fez este elogio tão agradável! Muito obrigado mesmo por este feedback!

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