quinta-feira, 27 de junho de 2013

Declarações de dependência

Não gosto de declarações de dependência.
A única declaração de dependência que eu gosto é o álbum dos Kings of Convenience (nome de álbum genial, a propósito).
Eu detestava ser tudo para alguém. Nem metade!
Eu detestava ser a vida de alguém. Já me basta ser a minha!
Eu detestaria que sem mim a vida de alguém não fizesse sentido. Isso é que não faz sentido!
Bem sei que estas coisas, estas frases, são tidas por muitos como grandes elogios, ou até como provas de amor. Mas para mim provas orais são para quem está a rasca para passar, e portanto são de pouco mérito.
A haver provas de amor seriam sempre provas práticas, nunca seriam orais/verbais. A pessoa que pede uma prova de amor devia não a pedir, devia confiar o suficiente para não ter de a pedir, e isso sim era uma prova de amor! Prática! Pedir uma prova de amor é em si uma prova de desamor.
Provas de amor são tão parvas como as declarações de dependência. Toda a gente sabe que o ser humano foi feito para viver em liberdade, e é assim que deve ser. A responsabilidade por um dependente é uma castração dessa liberdade, não parece um bom alicerce para uma relação...
Quem quiser uma pessoa dependente de si adopta uma criança, não arranja um namorado/a.

Esta é a minha perspectiva, e parece-me um bocado estranho o que se vê por aí, por todo o lado. Acho que o "romantismo" vendido pelo cinema/tv está demasiado encarcerado na forma de pensar das pessoas.

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