Sempre que o bolso
do casaco
me devolve um gancho,
há um um brinco
que me cai,
pelo ralo abaixo.
Sumiu-me o batom
do cieiro,
fui comprar um igual,
o lábio inferior já gretado,
e aquele primeiro,
rolou detrás do candeeiro,
em excelente estado.
Houvera um armário
de infinitas gavetas,
onde um objeto,
em cada uma,
metas.
Na primeira,
um índice
das posições,
prevenindo este vórtice
de perdas
e repetições.
Oh, pudera eu
guardar
no meu braço,
todo os totós do cabelo,
tão menor o cansaço,
de buscá-los
noutro mundo paralelo.
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