O
quanto cala rompe o peito
e
engolidas as lágrimas escorrem pelo mesmo buraco a céu aberto
que
lhe vai sorvendo a débil luz no olhar.
Denso
silêncio
absorvente ecoando
numa
torrente que lavra na cabeça e desagua na boca
que
não pode articular
a
espiral que diverge a consciência mas se concentra
em
grito sufocado nunca escutado,
mas
que prestando alguma atenção poderia palpar-se.
A
névoa gelada desce em redor, em arrastão
que
abate tetos sobre o chão que é caminho
das
horas vazias de cabeça insuflada
pelo
quente que está esta lenta noite sem sol.
Pesam
as coisas grandes e as mais pequenas -
que
não têm um grama a menos,
só
ocupam menos dor.
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