Penso essa hora
E não me assusto
Por achá-la longe
Por saber-te robusto,
Por sentir-te longe
Desde sempre.
Sempre longe
- Adivinhava.
É o para sempre
Agora,
Ao ires embora,
Que custa,
Como não achava.
E não estava muito
errada
Porque não te lembro por
tudo
E por nada,
Só quando uma japoneira
Espreita de um muro
Para a estrada
Me penso à tua beira.
É quase nunca
E quase nem é
De tão leve.
Esta leveza pesada
Qua faço com ela?
A raiva é danada
E não me serve,
Por te conhecer feliz
Como é raro -
Não por curteza.
Por insolência
De não te seres
contrário -
Com bendita certeza,
Consciente do mundo,
Assombrosa a beleza
Que absorveste,
profundo.
No ruído
E entre o buliço
Tu
Foste,
Sempre,
Só isso.
Tinhas, pois, afazeres.
Bom que fizeste muito,
Isso serve-me um
bocadinho
Que servisses o teu
intuito,
Livre para correres.
Que nunca se prenda
Um passarinho.
Não me serve o que diz,
Gente que vai e vem,
De ficares querubim
Não sei do que falam
Vejo-te um arbusto
E não percebo latim.
Não vejo tão
profundamente.
Mas se te encontro em
mim,
Serve-me um bocadinho
Que voes um pouco em nós,
Vetusto.
E, como sempre,
- Nisso consigo ser
crente -
Prossigas noutra gente.
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